::: No sentido estrito da palavra, é quase impossível fazer um dicionário de arqueologia clássica. Para tal conseguir seria necessário fragmentar em mil palavras e conceitos parciais todos os nossos conhecimentos, não só da Antiguidade Clássica, como também da arte e culturas grega e romana, o que equivaleria a desin-tegrar um grande mosaico policromo, em parte in-completo ou desbotado, a fim de inventariar cuidado-samente as diferentes pedrinhas que o compõem. A missão do historiador que se dedica ao estudo da Anti-guidade, como também a do arqueólogo, é reconstruir o todo, partindo de uma base de fragmentos isolados. Esta afirmação pode aplicar-se a todo o momento a todo o vaso, a todo o ornamento de épocas remotas uma vez que dificilmente os espécimes da arte antiga chegam intactos às nossas mãos e também ao grande con-junto, o quadro da Antiguidade, que cada geração tenta reconstruir da forma mais completa e segura. mais
Este volume não pretende, pois, ser um dicionário da Antiguidade no sentido literal, quer dizer, não pre-tende ser uma obra que mencione e explique milhares de nomes e palavras. Por outro lado, dado o seu nivel e extensão, também não pode ser um livro de história que se limite a focar as grandes etapas da evolução histórica, deixando de lado a plenitude dos factos que lhes deram origem. :::
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