terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Porcelain - Moby

Porcelain, Moby, Editora Intrínseca, 2016, capa brochura, 416 páginas, 618gr.

::: Havia diversas razões para Moby jamais deslanchar como DJ e músico na cena club nova-iorquina. Aquela era a Nova York das boates Palladium, Mars, Limelight e Twilo; a cidade do hedonismo desenfreado e regado a drogas em boates fervilhantes, onde a dance music ainda não era conhecida do grande público, porém fazia sucesso sobretudo entre afro--americanos e latinos. E lá estava Richard Melville Hall, descendente distante do autor de Moby Dick, não só um garoto branco, pobre e magrelo de Connecticut, mas também um cristão devoto, vegano e careta.

Desprezado e sem recursos, Moby testemunhou provavelmente a última época boa para se viver desamparado em Nova York: por um lado, a cidade atravessava a era da aids e do crack, por outro, a era de um submundo cultural atrevido e festivo. Ele encontrou seu espaço e alcançou o sucesso, que logo se mostrou efêmero e cheio de complicações. No fim da década de 1990, frente ao ostracismo que se mos-trava iminente, acabou criando o álbum que viria a ser o início de uma nova fase espetacular: o megassucesso Play, que vendeu milhões de cópias no mundo todo. :::

Nenhum comentário:

Postar um comentário