::: Obcecado pela questão da cidade, Antonio Bulhões não pouparia o leitor do convívio com a violência urbana, com a pequena e mesquinha crueldade, com a miséria humana tanto de "mendigos deselegantes, baixos como genuflexórios sem funções", quanto de anfitriãs elegantes e decadentes em banquetes onde "os participantes rompem os limites da imprevisibilidade bem comportada".
A inatualidade do volume estaria, talvez, na insistência do autor em trazer à tona o tema do amor, do ciúme, da dor universal que provocam as separações, as perdas, as mortes. São nesses relatos da relação a dois que se revela a mais densa das características do livro: a forte sensualidade que vai num crescendo para estourar... :::
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