::: "O nome de João Baptista de Sampaio Ferraz está indelevelmente inscrito em nossos fastos nacionais e sobretudo nos anais cariocas, mercê de obra do mais alto relevo civilizador, a sua famosa campanha de 1890, como Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, quando conseguiu, de vez, extinguir o velho e arraigado flagelo dos capoeiras, tão deprimente para os créditos do Brasil.
Desenvolveu, em tal ocasião, qualidades de bravura pessoal e desassombro realmente excepcionais como de sobra é sabido, punindo malfeitores de alto e baixo coturno. E, paralelamente, destacou-se pelo respeito às garantias legítimas, individuais e públicas numa série de atos em que lhe culminaram a coragem e a sobranceria de atitudes irredutíveis, tais entre, entre outros, o caso da defesa da "Tribuna Liberal", órgão oposicionista do Governo Provisório, invadido e empastelado com derramamento de sangue inocente e homicídio, desde que deixou a Chefia de Polícia, ocorrência tão grave que veio a ser uma das causas de dissolução do Governo Provisório.
Ainda não se publicou nenhum estudo de vulto sobre esta famosa figura de "homme à panache" que foi o zeloso e brilhante promotor público da Corte, o eloquente propagandista da República, amigo e companheiro de Silva Jardim, destacado parlamentar, excelente advogado criminal e sobretudo o inesquecível Chefe de Polícia do Governo Provisório".
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