::: "O navio tinha atracado pouco antes da alvorada e a família já estava pronta havia tempo, cada um com a sua carga de malas e trouxas, todas completamente embutidas, porquê, caso contrário, teriam inutilmente aumentado o volume das bagagens. Ainda no mar aberto, apoiados ao parapeito da ponte molhada pela maresia e pelo orvalho da noite, tinham assistido boquiabertos à alvorada da cidade. Não aquela do sol, mas aquela, nunca vista, de milhões de lâmpadas elétricas e de lampiões a gás e petróleo que surgiam devagar, como uma mancha de verniz fluorescente, em uma tira longa e indefinida no horizonte, colorindo a noite com uma cor amarelada e esfumaçada. (...) :::
Nenhum comentário:
Postar um comentário