::: A história que sempre quis contar, e você me impediu, esta história tem vinte anos ou mais de vinte anos, tem, oxalá, meio século, uma vida inteira, se é que há vidas inteiras.
Vidas não serão sempre parcelas? Não será a vida humana apenas um capítulo do projeto maior? Que projeto? Quem saberá? Não serei eu. Estou morto, mas não sou onisciente. Quem é que disse que os mortos sabem tudo? Cabe a eles saber apenas a parte que lhes toca, e agora, que nada me toca, que ninguém toco também, me disponho a ir fundo, a cavucar a ferida, a espantar o tédio, a épater le bourgeois. Ai de ti, sepulcro caiado! :::
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