::: "Estaria Sartre na origem de tudo o que a segunda metade do século conheceu de pior e de melhor? Seria possível, em uma mesma obra, colherem-se as mais nobres máximas - aquelas que permitem a homens e mulheres em desespero, privados de tudo, se insurgirem -, mas também os princípios da servidão?
Pouco importava, ficou claro, saber se eu amava ou detestava Sartre, ou ainda, se o havia amado apesar de o detestar, ou mesmo o inverso. Contavam apenas aqueles sentimentos controversos que ele inspirava em sua época e que, sobretudo, insuflava. Contava apenas aquela paixão instável, que se vinculava, mais do que nunca, à posteridade sartriana e que a obra, de volta, suscitava". :::
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