Um amor, Dino Buzzati, Nova Fronteira, 2ª edição, 2003, capa brochura, 287 páginas, 336gr.
::: "Ele era um cavalinho de carrossel e de repente o carrossel começara a girar desenfreadamente mais depressa mais depressa e quem o fazia girar assim era Laide, era Laide, era o outono, era o desespero, o amor. Assim, girando loucamente, ele cavalo perdera a forma de cavalo não passava de um festão branco, uma vibrante cortina branca de franjas douradas, não era mais ele, era um ser que antes ninguém conhecia e com o qual era impossível comunicar-se porque ele não ouvia ninguém, não podia ouvir, ele ouvia apenas a si próprio sibilar ao vento, para ele nada existia além dela, Laide, aquela assombrosa precipitação, e em meio ao turbilhão ele não podia sequer olhar o mundo ao redor, aliás todo o resto do universo deixara de existir, não existia mais, nunca existira, o pensamento de Antonio era inteiramente absorvido por ela, por aquela vertigem, e era um sofrimento era uma coisa terrível, nunca ele girara com tanto ímpeto, nunca se sentira tão vivo". :::
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